segunda-feira, 31 de maio de 2010

Theodor Adorno

“[...] o mais conhecido é o mais famoso, e tem mais sucesso. Consequentemente, é gravado e ouvido sempre mais, e com isso se torna cada vez mais conhecido”.

In: O Fetichismo na Música e a Regressão da Audição

Rainer Maria Rilke

"Quem nos desviou assim, para que tivéssemos um ar de despedida em tudo que fazemos? Como aquele que partindo se detém na última colina para contemplar o vale na distância - e ainda uma vez se volta hesitante, e aguarda - assim vivemos nós, numa incessante despedida".

In: Elegias de Duíno

terça-feira, 25 de maio de 2010

H. P. Lovecraft

"Frequentemente imagino se a maioria da humanidade algum dia parou para refletir sobre o significado ocasionalmente titânico dos sonhos e do obscuro mundo a que pertencem. Embora a maioria de nossas visões noturnas talvez não passe de pálidos e fantásticos reflexos de nossas experiências em estado de vigília - ao contrário do que diz Freud com seu pueril simbolismo -, resta ainda um certo resíduo cujo caráter etéreo e invulgar não permite nenhuma interpretação comum, e cujo efeito vagamente excitante e inquietador sugere possíveis vislumbres momentâneos de uma esfera da existência mental não menos importante que a existência física, embora separada desta por uma barreira quase intransponível".

In: Além da barreira do sono

Ludwig Wittgenstein

"A filosofia delimita o domínio contestável das ciências naturais. Deve delimitar o pensável e com isso o impensável. Deve dermarcar o impensável do interior por meio do pensável. Denotará o indizível, representando claramente o dizível. Tudo em geral o que pode ser pensado o pode claramente. Tudo o que se deixa exprimir, deixa-se claramente"

In: Tractatus-Logico-Philosophicus

terça-feira, 18 de maio de 2010

Martin Heidegger

“Quando nós dizemos a palavra 'destino' do ser, então queremos dizer que o ser se nos atribui e se aclara e clarificante arruma o tempo-espaço, onde o ente pode aparecer. No destino do ser, a história do ser não é pensada a partir de um acontecer, que é caracterizado através de uma evolução e de um processo. Pelo contrário, define-se a essência da história a partir do destino do ser, a partir do ser enquanto destino, a partir daquilo que se nos remete, ao retirar-se. Ambos, remeter-se e retirar-se, são um e o mesmo. Não de duas maneiras distintas. Em ambos rege de um modo diferente o perdurar mencionado anteriormente, em ambos, isto é, também na retirada, aqui até ainda mais essencialmente. O termo destino do ser não é uma resposta, mas uma pergunta, entre outras a pergunta pela essência da história, na medida em que nós pensamos a história enquanto ser e a essência a partir do ser

In: O Princípio do Fundamento                                             

Henry Miller

"A mente é tudo. Deus é tudo. E daí?"

                                                              In: Nexus

Níkos Kazantzákis

"Eu te agradeço, Deus, o insaciável coração que me deste: ele festeja tudo sobre a terra e não se apega a nada"

                                            In: Da Odisséia

Friedrich Nietzsche

"O homem livre é não-ético, porque em tudo quer depender de si e não de uma tradição: em todos os estados primitivos da humanidade, 'mau'  significa o mesmo que 'individual', 'livre', 'arbitrário', 'inusitado', 'imprevisto', 'incalculável'. Sempre medido pela medida de tais estados: se uma ação é feita, não porque a tradição manda, mas por outros motivos (por exemplo, pela utilidade individual), e até mesmo pelos próprios motivos que outrora fundamentaram a tradição, ela é dita não-ética e assim é sentida até mesmo por seu agente: pois não foi feita por obediência à tradição".

                                                                                               In: Aurora

Fraz Kafka

"Não precisa sair de seu quarto. Permaneça sentado à sua mesa e escute. Nem mesmo escute, simplesmente espere. Ou sequer espere, fique completamente imóvel e solitário. O mundo espontaneamente oferecer-se-á a você para ser desmascarado; não tem outra escolha, rolará aos seus pés completamente extasiado".

                                              In: A Muralha da China