sábado, 26 de junho de 2010

José Ortega Y Gasset

[...] o homem é a insuficiência vivente, o homem necessita saber, perceber desesperadamente que ignora. É isto o que convém analisar. Por que ao homem lhe dói sua ignorância, como podia doer-lhe um membro que nunca houvera tido?

In: Que é Filosofia?


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Heráclito

Guerra é pai de todas as coisas e de todos rei; uns aponta como deuses, outros como homens; uns faz escravos, outros livres.


In: Fragmento 53.


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Marco Aurélio

Deves sempre lembrar qual a natureza do universo, qual a minha, qual a relação entre esta e aquela, qual parte sou de qual universo e que ninguém te impede de fazer e dizer o que é consequência da natureza de que és parte.

In: Meditações.

 
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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Albert Camus

"[...] o que ele exige de si mesmo é viver somente com o que sabe, arranjar-se com o que existe e não fazer intervir nada que não seja certo. Respondem-lhe que nada o é. Mas esta, pelo menos, é uma certeza. É dela que ele precisa: quer saber se é possível viver sem apelação".

In: O Mito de Sísifo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sigmund Freud

A derivação das necessidades religiosas, a partir do desamparo do bebê e do anseio pelo pai que aquela necessidade desperta, parece-me incontrovertível, desde que, em particular, o sentimento não seja simplesmente prolongado a partir dos dias da infância, mas permanentemente sustentado pelo medo do poder superior do Destino.


In: O Mal-Estar na Civilização

Friedrich Nietzsche

O verme se retrai quando é pisado. Isso indica sabedoria. Dessa forma ele reduz a chance de ser pisado de novo. Na linguagem da moral: a humildade.


In: Crepúsculo dos Ídolos

domingo, 6 de junho de 2010

Fiódor Dostoiévski

"Não havia ali senão sonhadores, e essa evidência, que saltava  aos olhos, produzia sobre os nervos uma impressão tanto mais viva porque esse devaneio dava à maioria daqueles homens  um ar de doentes morosos. A maioria, rabugentos e taciturnos até o ódio, não gostava de expor à luz  do dia suas esperanças. Desprezavam a ingenuidade e a franqueza; o sonhador percebia que suas esperanças tocavam às raias do inacessível, mas não lograva renunciar a elas; sepultava-as no mais profundo receso de si mesmo com uma teimosia e um pudor ferozes. Talvez se envergonhassem delas. Quem sabe lá?".

In:  Recordação da Casa dos Mortos

Sêneca

"O sábio não precisa dar um passo tímido ou vacilante: sua fé em si mesmo é tão grande que ele não hesita em se dirigir ao encontro da fortuna, diante da qual jamais cederá. Não há nenhuma razão para temê-la".

In: Da tranquilidade da alma