domingo, 25 de julho de 2010

Friedrich von Schelling

Pode-se sem dúvida dizer: o Deus se entrega a esse vir-a-ser justamente para se por como tal, e isso é, sem dúvida, que se tem de dizer. Mas, assim que isto é enunciado, compreende-se também que, nesse caso, ou se tem de admitir um tempo em que Deus não era como tal (mas isso a consciência religiosa universal, mais uma vez, contradiz), ou se nega que jamais um tal tempo tenha sido, isto é, aquele movimento, aquele acontecer é explicado como um acontecer eterno. Mas um acontecer eterno não é um acontecer. Consequentemente, a representação inteira daquele processo e daquele movimento é ela mesma ilusória, e propriamente não aconteceu nada, tudo se passou somente no pensamento, e esse movimento inteiro era propriamente apenas um movimento do pensar.




In: História da filosofia moderna: Hegel.

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